Diante do aumento dos casos de sarampo na região Sudeste nos últimos meses, em especial no estado de São Paulo, que registrou mais de 630 casos, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ampliará a vacinação para crianças de 6 a 11 meses que forem viajar com os responsáveis para áreas que apresentam surto ativo da doença.
A ampliação começou a valer a partir de ontem (05) nas unidades básicas de saúde e deve ser realizada no período mínimo de 15 dias antes da data prevista para o deslocamento, com uma dose da vacina tríplice viral. A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses.
Segundo Danielle Grillo, Coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, o Espírito Santo está em alerta para a possível entrada de um caso de sarampo e a ampliação da imunização é feita em situação de emergência epidemiológica.
“É uma recomendação do Ministério da Saúde, que visa a proteção desta faixa etária que, diante do cenário epidemiológico, possa reduzir o risco de contaminação em crianças que forem viajar para municípios com circulação ativa do vírus do sarampo. É uma maneira, também, de aumentar a proteção contra a possibilidade de ocorrência de casos dentro do Espírito Santo", destacou a coordenadora.
A coordenadora reforça que a dose da vacina tríplice viral, administrada nessa faixa etária, não será considerada válida para fins do Calendário Nacional de Vacinação da Criança: “Os pais deverão atentar-se para o calendário de vacinação, que tem uma dose da vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses e dose da vacina tetra viral aos 15 meses”, disse.
Além da ampliação, o Estado continua intensificando a vacinação em parceria com os municípios a fim de atingir a cobertura vacinal adequada e, assim, evitar a reintrodução do vírus do sarampo. Até o momento, o Espírito Santo apresenta a cobertura vacinal de 89,97% para crianças de 1 ano de idade e precisa atingir a taxa de 95%, preconizada pelo Ministério da Saúde.
Sarampo
O sarampo é uma doença viral de elevada contagiosidade, cuja transmissão ocorre por meio de secreções nasofaringes, expelidas ao tossir, espirrar e falar. Os principais sintomas são febre, exantema maculopapular (manchas avermelhadas), acompanhados de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite. Casos graves podem levar ao óbito.
A vacina é a única maneira de prevenir a doença e está disponível na rotina das unidades básicas de saúde.
Até final de julho deste ano, foram notificados 52 casos, com 51 descartados e um está em investigação. No ano passado, o Espírito Santo registrou 67 casos suspeitos, mas todos foram descartados laboratorialmente.
FOTO: Divulgação / Sesa
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