O movimento Outubro Rosa, realizado pela Associação Feminina de Combate ao Câncer (Afecc), que chama atenção para a importância da detecção precoce e tratamento do câncer de mama, completa dez anos de ações no Espírito Santo. Para marcar a abertura da campanha, o Palácio Anchieta, em Vitória, ganhou uma iluminação especial com a cor que simboliza o movimento. A solenidade de abertura do Outubro Rosa aconteceu ontem (1) com a presença do governador Renato Casagrande.

Ao lado da primeira-dama do Estado, Maria Virgínia Casagrande, da vice-governadora Jaqueline Moraes e da presidente da Afecc, Marilucia Silva Dalla, o governador inaugurou a iluminação especial do Palácio Anchieta, dando início ao Outubro Rosa. A sede do Executivo estadual também recebeu um concerto ao ar livre com a apresentação de vários corais, que se posicionaram na escadaria e nas janelas do Palácio Anchieta. Um helicóptero da Polícia Militar despejou cinco quilos de pétalas de rosas sobre o público que acompanhava o evento.

“O Palácio Anchieta colorido de rosa é uma forma de chamar atenção da sociedade. A prevenção é o melhor caminho. Vamos trabalhar a prevenção. Estamos à disposição de entidade como a Afecc para trabalharmos em conjunto", disse o governador Renato Casagrande.

A exemplo dos anos anteriores, o movimento Outubro Rosa vai percorrer vários espaços – desde locais de trabalho, centros comunitários, postos de saúde e até comunidades indígenas, quilombolas, pescadoras e LGBT – para orientar a população sobre os tipos de câncer, com ênfase para o de mama, que é a principal causa de óbitos de mulheres no Estado em decorrência de câncer.

A Vice-Governadoria do Estado também irá promover ações de apoio ao movimento Outubro Rosa. Para marcar o início do mês, o Gabinete da vice-governadora, que fica no oitavo andar do Palácio da Fonte Grande, recebeu uma ornamentação toda especial em alusão à campanha. Jaqueline Moraes, ao lado dos servidores, seguiu em caminhada até o Palácio Anchieta para a abertura do evento. O Palácio da Fonte Grande também foi iluminado com lâmpadas na cor rosa.

“Um evento que realmente mexe com nossas emoções e nos convoca a abraçar esta causa, da prevenção do câncer de mama. Fora as apresentações que foram lindas e emocionantes. Quero parabenizar a todos os envolvidos. Fico feliz em saber que o nosso Governo apoia essas ações”, disse Jaqueline Moraes.

Marilucia Silva Dalla, presidente da Afecc, lembrou que a instituição foi uma das precursoras em trazer o movimento para o Estado. “Estamos chegando a uma década de trabalho. Conscientização é tão importante quanto o ato de cuidar. Durante esses dez anos desenvolvemos temas de incentivo à mulher, para elas olharem para si mesmas e se cuidarem. As cores nos meses são campanhas pontuais, mas que todos sejamos defensores da vida o ano inteiro. Nós precisamos nos conscientizar e sensibilizar outras pessoas da importância de a pessoa conhecer seu corpo", afirmou.

No Espírito Santo, o câncer de mama feminino é a principal causa de óbitos por câncer. Entre as dez principais doenças, é a sexta que mais matou as mulheres capixabas nos últimos quatro anos, ficando atrás de infarto agudo do miocárdio, pneumonia, diabetes, Alzheimer e doença cardíaca hipertensiva.

Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), de 2015 a agosto de 2019, foram totalizados 1.449 óbitos por câncer de mama. Ainda com dados preliminares, em 2018 foram registrados 338 óbitos e em 2019, de janeiro a agosto, 217 mulheres morreram em decorrência da doença.

Para transformar essa realidade é preciso que as mulheres fiquem atentas aos fatores de risco, façam periodicamente o autoexame das mamas (que ajuda a prevenir o desenvolvimento e detectar precocemente a doença) e adotem hábitos de vida saudáveis. É o que afirma o médico ginecologista-obstetra Ary Célio de Oliveira, referência em Saúde da Mulher da Sesa.

“Praticar atividade física regularmente, ter uma dieta saudável, ter a manutenção do peso ideal e principalmente evitar o consumo excessivo de álcool e cigarros são práticas fundamentais para a prevenção primária do câncer de mama nas mulheres”, explicou. Segundo o médico, 30% dos casos podem ser evitados com medidas como essas.

FOTO: Hélio Filho / Secom-ES

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)