Os produtores rurais capixabas terão R$ 1,1 bilhão disponível para financiar suas atividades na próxima safra. O Banco do Brasil, em parceria com o Governo, lançou ontem o Plano Safra 2017/2018 no Estado. A solenidade ocorreu no Palácio Anchieta. Foram apresentados valores, condições e linhas dos financiamentos que serão disponibilizados para a produção agrícola capixaba.
Do total de recursos destinados pelo plano de crédito rural, R$ 537 milhões serão para a Agricultura Familiar, R$ 241 milhões para médios produtores e R$ 376 milhões para a agricultura empresarial. Serão R$ 668 milhões para custeio e comercialização e R$ 486 milhões para investimento, o que representa 21% e 11% de aumento, respectivamente, em relação à Safra 2016/2017.
“Para cair o custo do dinheiro no Brasil nós temos que liderar e apoiar as reformas que precisam ser feitas no país. Ficamos atrasados em algumas coisas por 20 ou 30 anos, como é o caso da legislação trabalhista, que felizmente foi aprovada ontem. Hoje o mundo vive um novo momento, as relações de trabalho mudaram e as pessoas vivem conectadas, sem a necessidade presencial. Reformar é modernizar as relações, é acompanhar as tendências de um mercado cada dia mais atualizado. Não tem lugar ao sol quem não tiver competitividade. A nossa agricultura nos mostra isso. Nossos produtores têm obtido altos índices de produtividade com a utilização de técnicas mais modernas e sustentáveis. E o Governo do Estado trabalha junto, em plena crise, colocando de pé programas inovadores como o de barragens”, declarou o governador Paulo Hartung, durante a solenidade.
O Secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, falou sobre a importância do Plano Safra. "O crédito agrícola era um dos principais problemas dos produtores em meados de 2003. De lá, até hoje, o que conseguimos aumentar na carteira de crédito agrícola é muito significativo, e é necessária a continuidade destes financiamentos para continuarmos evoluindo nos diversos setores da agricultura", destacou.
Já o superintendente estadual do Banco do Brasil, Cássio Benedito Daltoé, declarou que “para o Banco do Brasil, o setor do agronegócio é fundamental e que o Plano Safra é feito a muitas mãos e os principais atores desse processo são os produtores rurais”.
Entre os destaques do Plano está a redução das taxas dos principais programas em 1 ponto percentual. Para o PCA (Construção e Ampliação de Armazéns) e o Inovagro, a redução é de 2 pontos percentuais.
Na ocasião também foi assinado o acordo de cooperação entre o Banco do Brasil e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), visando ao fortalecimento da divulgação do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono no Espírito Santo. Também foi assinada a portaria que institui o Grupo Gestor Estadual do Plano ABC para a redução da emissão de gases do efeito estufa na agricultura.
Durante o evento, foram assinados dois contratos da linha Pronap Custeio Agrícola. Um deles, no valor de R$105.747,80, será utilizado para beneficiamento de lavoura de café Conilon em Pancas e o outro, no valor de R$ 121.516,37, para lavoura de morango, em Santa Maria de Jetibá. Foram entregues também cinco tratores financiados na linha PronafMais Alimentos e um veículo utilitário financiado na linha BB Investe Agro. Quase um milhão de reais em financiamentos foram entregues.
Linhas e taxas
A agricultura familiar terá, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), R$ 537 milhões, e serão reduzidas as taxas para financiamento, entre 2,5% a 5,5% ao ano. Para a linha de crédito Pronaf Mais Alimentos, todos os itens passarão a contar com até 10 anos para o pagamento, incluídos até três anos de carência, exceto para caminhonete de carga, que contará com até 5 anos, incluído até um ano de carência. Para o PRONAF Custeio, há a inclusão de financiamento envolvendo aquisição de bovinos para recria e engorda, em regime extensivo, com até 2 anos para pagamento.
O Programa Agricultura de Baixo Carbono, que apoia a agricultura sustentável, terá ampliação de seus financiamentos, em parceria com ações do Governo do Estado do Espírito Santo.
Demonstrando o apoio creditício ao melhoramento da infraestrutura do País e da capacidade estática da armazenagem, o Banco do Brasil estima ampliar o financiamento ao Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA).
Incentivando a incorporação de tecnologia, a adição de boas práticas agropecuárias e a agregação de valor no campo, o Plano Safra 2017/18 vai ampliar o número de financiamentos por meio do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (INOVAGRO), além da inclusão de equipamentos de agricultura de precisão e de sistemas de conectividade, para a gestão das atividades agropecuárias.
FOTO: Pedro Dutra / Secom-ES
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