Os titulares e suplentes de entidades governamentais e da sociedade civil eleitos para o biênio de 2019-2021 do Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH) tomaram posse na última segunda (21), no auditório do Palácio da Fonte Grande, no Centro de Vitória. Ao todo, 28 pessoas passaram a compor o CEDH.
A mesa de abertura foi composta pela secretária de Estado de Direitos Humanos, Nara Borgo; Perly Cypriano, que foi o mentor na Lei de Criação do Conselho; e Gilmar Ferreira de Oliveira, ex-presidente do CEDH.
Na ocasião, a secretária destacou a importância do diálogo para a elaboração das políticas públicas e também o compromisso do Governo do Estado com o fortalecimento dos conselhos.
“Precisamos da construção coletiva para que tenhamos os Direitos Humanos fortalecidos no Estado, no Brasil e em todos os lugares; e temos que fazer isso com muito diálogo e compreendendo a transversalidade. A gente mantém um grande diálogo com as pastas de Segurança, Saúde, Educação, e assim vamos caminhando e construindo juntos. Nós estamos avançando. Estar aqui hoje demonstra que, diferentemente do cenário nacional, o Espírito Santo tem garantido, com todos os desafios, a manutenção e o funcionamento dos conselhos, as eleições, as posses e as conferências.”
Já Gilmar Ferreira lembrou que é preciso nunca deixar de lutar. “Quando temos uma estrutura desta no Estado, que quer continuar na defesa e na promoção dos direitos humanos, temos que agarrar com unhas e dentes. No nosso papel como sociedade civil, temos que dizer quando não está bom, até mesmo para ajudar nesse processo de construção”.
Para Perly Cipriano, essa é uma causa de todos e todas. “Sempre digo que na hora de avaliar, temos que ser pessimistas, mas na hora de agir temos que ser otimistas. Não se pode ter alguém à frente dos Direitos Humanos que não acredite que possa melhorar. E reforço que temos também que fortalecer a SEDH, que é uma pasta que carrega o simbolismo de dialogar com todos”, pontuou.
Na oportunidade, o defensor público Hugo Matias compartilhou sua trajetória como participante do Conselho. "Esta experiência é uma das mais ricas da minha carreira profissional”, disse.
Andrea Vargas, que foi nomeada como titular representando a entidade Avalanche – Missões Urbanas, falou da importância de participar do Conselho. “Encontramos tantos desafios no País que precisamos nos unir para que algumas coisas possam realmente acontecer para que haja mais justiça, dignidade, mais paz e mais respeito. É fundamental que a sociedade civil se faça presente, que contribua neste sentido, usando a capilaridade, o poder de articulação que temos para poder somar, porque esta não é a causa de um, mas de todos e todas”, ressaltou.
Dirigentes
No período da tarde, aconteceu a assembleia de eleição que nomeou o presidente, vice-presidente e secretário-geral do CEDH da nova gestão. São eles, respectivamente: Verônica Cunha Bezerra (CADH), Caroline Cabrera (SEDH) e Jaderson de Souza Nalli (Casa dos Direitos).
Segundo a presidente eleita, Verônica Bezerra, o novo cargo é um desafio. "Em um momento de retrocessos das conquistas para a realização dos Direitos Humanos desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e da Constituição Federal de 1988; em que as estruturas de Políticas Públicas que buscam efetivar Direitos Fundamentais são destruídas; em que as violações de Direitos Humanos se agudizam, e em alguns casos as suas práticas retornam à época medieval; em que as pessoas estão tão sofridas e são tão incompreendidas; assumir a Presidência do CEDH, além do desafio de sempre, tem a responsabilidade de espraiar esperança e vida. Será nossa marca: a intransigência a qualquer tipo de violação de Direitos Humanos e a recepção total às propostas autênticas para se construir o bem-viver, para todas e para todos, na luta pelo alcance de uma sociedade mais justa e igualitária. Com menos choro e ranger de dentes; e com mais sorrisos e olhares utópicos. Sigamos!", destacou.
Verônica Bezerra é advogada, coordenadora de Projetos do CADH, mestranda em Direitos e Garantias Fundamentais da FDV, especialista em Direitos Humanos pela Universidade Católica de Brasília e especialista em Segurança Pública pela Ufes.
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