O verão é a época de maior movimento nas praias e, por isso, mais propícia a queimaduras por água-viva. Em caso de acidentes com esses animais aquáticos, o Centro de Atendimento Toxicológico do Espírito Santo (Toxcen) orienta sobre como tratar a queimadura. No ano passado, foram registrados 16 casos de queimaduras por água-viva, entre pessoas de 01 a 29 anos. Neste ano, foram notificados três casos.
De acordo com o coordenador do Toxcen, Nixon Sesse, ao entrar em contato com a pele humana, a água-viva libera um veneno por meio de seus tentáculos. Os tentáculos da água-viva, mesmo quando ela está morta, podem aderir à pele e provocar lesões.
Ele explica que o veneno pode causar, na maioria das vezes, reações leves, como urticária e queimaduras locais dolorosas que podem durar de 30 minutos a uma hora. Reações graves podem surgir ocasionalmente, com sintomas como dor de cabeça, mal-estar, náusea, vômitos, dificuldade respiratória e arritmia cardíaca. Nestes casos, é imprescindível buscar atendimento médico em um serviço de saúde.
“Ao sofrer a queimadura, o banhista deve manter a calma e tentar sair da água o mais rápido possível para não correr o risco de afogamento em caso de ocorrer reações graves por causa da toxina. Além disso, não deve tentar remover os tentáculos na pele com as próprias mãos e nem coçar ou esfregar o local”, afirma.
O Toxcen orienta que no momento da queimadura o local deve ser lavado abundantemente apenas com a água do mar. Uma medida que deve ser evitada é passar pomadas ou qualquer outra substância na região atingida, o que pode aumentar a lesão.
Para tratar a queimadura por água-viva, a pessoa pode lavar a região afetada com vinagre, sem esfregar, por cerca de 5 a 10 minutos, e alternar com água do mar por duas ou três vezes. Caso a dor continue, podem-se utilizar compressas geladas no local.
Se a dor não melhorar, ou surgirem reações alérgicas, o banhista deve procurar um atendimento médico. Nunca utilizar água doce, como água mineral, torneiras ou chuveiros.
Quem precisar de atendimento e orientação pode entrar em contato com o Toxcen por meio do número: 08000 283 9904.
FOTO: Divulgação / Secom-ES
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