Quase dois mil alunos de escolas estaduais foram atendidos, em 2016, pela equipe do Papo de Responsa, projeto social realizado por policiais civis e que atende ao programa Ocupação Social, do Governo do Estado.
Ao todo, foram atendidos 1.995 jovens de 13 escolas localizadas em onze bairros dos municípios de Vitória, Vila Velha e Serra. São crianças e adolescentes que estudam em uma das 57 turmas, sendo 49 de ensino fundamental II e oito de ensino médio, que foram beneficiados com as ações dos policiais, que visam discutir temas diversos como prevenção ao uso de drogas e a crimes na internet, bullying, direitos humanos, cultura da paz e segurança pública.
“Os objetivos do projeto Papo de Responsa são articular e promover ações de prevenção à violência, em especial, ao uso de drogas. Os policiais promovem o diálogo com os jovens acerca da violência e proporcionam uma parceria com os adolescentes que, de algum modo, se relacionam com a degradação que o tráfico promove em regiões vulneráveis. As ações são voltadas para o aspecto humano reforçando aos jovens que eles são os donos de seus destinos”, afirmou o diretor da Academia de Polícia (Acadepol) e responsável pelo projeto, delegado Heli Schimittel.
Ele afirmou ainda que, para este ano, há previsão de levar as ações com o Papo de Responsa para 20 escolas da rede pública, localizadas em áreas vulneráveis e atendidas pelo programa.
Papo de Responsa - O Programa Papo de Responsa foi criado por policiais civis do Rio de Janeiro. Em 2013, a Polícia Civil do Espírito Santo, por meio de policiais da Academia de Polícia (Acadepol) capixaba, conheceu o programa e, em parceria com a polícia carioca, trouxe para o Estado.
O ‘Papo de Responsa’ é um programa de educação não formal que – por meio da palavra e de atividades lúdicas – discute temas diversos como prevenção ao uso de drogas e a crimes na internet, bullying, direitos humanos, cultura da paz e segurança pública, aproximando os policiais da comunidade e, principalmente, dos adolescentes.
O projeto funciona em três etapas e as temáticas são repassadas pelo órgão que convida o Papo de Responsa, como escolas, igrejas e associações, dependendo da demanda da comunidade. No primeiro ciclo, denominado de “Papo é um Papo”, a equipe introduz o tema e inicia o processo de aproximação com os alunos. Já na segunda etapa, os alunos são os protagonistas e produzem materiais, como músicas, poesias, vídeos e colagens de fotos, mostrando a percepção deles sobre a problemática abordada. No último processo, o “Papo no Chão”, os alunos e os policiais civis formam uma roda de conversa no chão e trocam ideias relacionadas a frases, questões e músicas direcionadas sempre no tema proposto pela instituição. Por fim, acontece um bate-papo com familiares dos alunos, para que os policiais entendam a percepção deles e também como os adolescentes reagiram diante das novas informações.
Este ano, os policiais civis capixabas que atuam no projeto foram homenageados com o prêmio “Policiais do Ano”, concedido pelo Jornal carioca Imprensa do Policial. O projeto já foi tema de dissertação de mestrado e foi inspiração para acadêmicos do curso de Direito.
Ocupação Social - Desde 2016, o projeto atende ao Programa Ocupação Social, que tem como principal objetivo promover uma rede de oportunidades de educação, empreendedorismo e renda, cultura e esporte para jovens com maior exposição à violência. Trata-se de um programa de oportunidades, por meio de ações que garantam a promoção e a defesa de direitos humanos.
Coordenado pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos (SEDH), o programa articula uma ampla agenda e diálogo com a sociedade, o setor privado e os poderes públicos para atuação em áreas de alta vulnerabilidade social. Além disso, busca reduzir os índices de homicídios entre os jovens, principais vítimas de crimes contra a vida, aumentar o percentual de jovens estudando e/ou trabalhando e diminuir o abandono escolar.
Para mudar essa realidade, o Ocupação Social tem como intuito levar oportunidades aos jovens moradores das áreas mais vulneráveis do Estado, que concentram número maior de crimes contra a vida. Foram mapeados 25 bairros do Espírito Santo, 17 na Grande Vitória e oito no interior. Essas regiões recebem projetos e ações voltadas ao desenvolvimento social, econômico e cultural.
FOTO: Divulgação / Polícia Civil-ES
(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)