08/05/2019 08h01 - Atualizado em 08/05/2019 09h03

Oses apresenta concerto “Ora direis ouvir estrelas” na Ufes

As próximas apresentações da Orquestra Sinfônica do Estado (Oses), acontecem, hoje e amanhã, às 20 horas e terão clima especial de comemoração de duas importantes datas: o aniversário de 65 anos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e 100 Anos do Eclipse de Sobral, um dos eventos mais relevantes da física.

No dia 29 de maio de 1919, o fenômeno do eclipse total do sol foi observado na cidade de Sobral, no Brasil e na Ilha do Príncipe, na África. O objetivo foi saber a posição de uma estrela afetada pela força gravitacional do Sol e a única forma de ver o brilho de uma estrela durante o dia é quando acontece um eclipse. O resultado do estudo feito por um grupo de pesquisadores britânicos comprovou a teoria da relatividade geral, publicada em 1915 por Albert Einstein.

Para o maestro titular da Oses, Helder Trefzger, a astronomia sempre teve alguma relação com a música, seja ela clássica ou popular. “Inúmeros compositores e músicos se inspiraram nos astros e nos fenômenos da astronomia para escrever suas obras”, disse o maestro.

Surgiu do secretário de Cultura da Ufes, Rogerinho Borges, parceiro e apoiador da Orquestra, o convite para uma celebração do aniversário da instituição. Já o diretor do Departamento de Inovações e Divulgação da Ciência, o professor Laércio Ferracioli, assíduo frequentador dos concertos, lançou a ideia da comemoração do centenário do Eclipse de Sobral, no Ceará. Coube ao maestro Helder Trefzger fazer a junção dessas duas ideias, inserindo o programa na Temporada 2019 da Oses. 

Segundo Trefzger, comemorar os 65 anos da Ufes por si só já é um motivo nobre. Mas fazer isso em parceria com a Universidade abre novas possibilidades. "Esse concerto nos desafia a conectar tudo isso em um programa de música clássica", disse Trefzger.

O concerto 

Os concertos vão acontecer no Teatro Universitário da Ufes, em Goiabeiras e a regência será do maestro adjunto da Oses, Leonardo David. Além disso, contará com a participação especial dos solistas Alexandre Bianque, tenor e Rosiane Queiroz, soprano.

Os ingressos já estão disponíveis na bilheteria do Teatro Universitário da Ufes, a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Mais informações no telefone: (27) 3335-2953.

Repertório 

Para esse programa foram escolhidas cinco obras de diferentes períodos e estilos. Abrindo o concerto, a orquestra apresentará a música Amanhecer, escrita por um jovem compositor e violinista sergipano, Fabiano Santana. Fabiano é integrante da Orquestra Sinfônica de Sergipe e gentilmente cedeu a obra ao maestro Helder Trefzger para que fosse executada no Espírito Santo.

“Trata-se de uma peça muito bonita, na qual o compositor faz uma descrição subjetiva do amanhecer. Fabiano Santana é um talento da nova geração, que, além de possuir uma veia inspiradora forte, domina com perfeição a arte da escrita orquestral”, explicou o maestro.

Na sequência serão apresentadas duas obras do período barroco. Do compositor francês Jean-Philippe Rameau (1683-1764) será executada a Ária da Folia, da ópera Platée, uma ópera cômica estreada em Versalhes, em 1745. O enredo conta a história de Platée, uma ninfa aquática sem beleza que acredita que Júpiter está enamorado dela. A solista será a soprano capixaba Rosiane Queiroz.

A seguir, do compositor alemão Georg Friedrich Handel (1685-1759) será apresentada a ária Eclipse Total, do oratório Samson, estreado em Londres em 1743. O personagem principal, Sansão, tendo perdido sua força ao ter seus cabelos cortados por Dalila, lamentando-se, canta (em tradução livre): Eclipse total! Sem sol, sem lua! Tudo escuro no meio do fogo do meio-dia! Oh, luz gloriosa! Nenhum raio para me confortar. Para alegrar meus olhos dando boas-vindas! Por que assim privou-me teu principal decreto? Sol, lua e estrelas são escuros para mim! A ária terá como solista o jovem tenor capixaba Alexandre Bianque.

Para completar o programa, a orquestra interpretará a última sinfonia escrita por Wolfgang Amadeus Mozart, a Sinfonia n.º 41, terminada em 1788. O apelido “Júpiter” não foi dado por Mozart, mas sim pelo empresário Johann Peter Salomon, em alusão à sua grandiosidade e monumentalidade, obra que fecha o ciclo de sinfonias de Mozart e abre definitivamente as portas para o Romantismo musical do século seguinte.

Serviço

Concerto da Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo
Data: 08 e 09/05
Horário: 20h
Local: Teatro Universitário – UFES
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) - Disponíveis com antecedência na bilheteria do teatro Telefone: (27) 3335-2953

FOTO: Divulgação / Secult

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