Seu Vicente Antônio de Carvalho, de 79 anos, saiu do Distrito de Cruzeiro, em Boa Esperança, no Norte do Espírito Santo, na tarde de ontem, para juntar-se às mais de 200 pessoas que participaram da primeira Audiência Pública presencial para a elaboração do Orçamento Anual do Estado de 2018, realizada na cidade da Região Norte capixaba.
Esse foi o primeiro, de uma série de cinco encontros, que serão realizados pelo Governo. O segundo acontece hoje, às 13 horas, no Centro de Eventos de São Gabriel da Palha, na Região Centro-Oeste do Espírito Santo.
Em Boa Esperança, a audiência envolveu 16 municípios que compõem as microrregiões Noroeste e Nordeste do Estado. No local, cidadãos como o produtor rural Vicente de Carvalho puderam não só registrar suas sugestões para que a administração pública solucione desafios nas mais variadas áreas, mas também interagir com secretários, além de técnicos de outras áreas do Governo.
O secretário de Estado de Economia e Planejamento, Regis Mattos Teixeira, destacou a importância da participação da população. Ele explicou que o orçamento é um instrumento de planejamento que “deve estar alinhado com o que a sociedade espera dos governos, considerando as limitações financeiras e de recursos humanos existentes”.
Regis Mattos ressaltou que ninguém melhor do que os cidadãos para dizer o que é importante para a região onde moram. “Que com nosso trabalho, realizado de forma responsável, possamos ajudar o Espírito Santo a sair na frente nesse processo de recuperação do Brasil, e que nosso Estado possa continuar como exemplo para o país”, disse ele.
O vice-governador, César Colnago, lembrou que o Governo do Espírito Santo, mesmo com a forte crise econômica registrada no país, com grande impacto sobre a arrecadação do Estado, vem pagando servidores e fornecedores em dia, mantendo serviços essenciais, especialmente os de Saúde, Segurança e Educação, funcionando regularmente, e realizando projetos inovadores, como Escola Viva e o Ocupação Social, além de obras de infraestrutura.
Os participantes da audiência, em Boa esperança, também puderam se informar sobre a conjuntura econômica do Estado e da sua região, durante apresentação de dados pela diretora de Estudos e Pesquisas do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Ana Carolina Giuberti. Esses dados mostram que o pior da crise já passou, mas que o processo de reversão ainda se dá de forma lenta.
Demandas
Para a professora Silvani Ramos Mattusoch, que participou da Audiência Pública em Boa Esperança, é necessário que o Estado e município melhorem o padrão do ensino e valorizem os profissionais de Educação. Ela também reivindicou investimentos em Segurança para a redução da criminalidade.
Já seu Vicente de Carvalho, que mora em Boa Esperança desde 1995, pediu que a delegacia de Polícia da região seja reformada, e que seja concluída a ligação rodoviária com a BR 101 Norte.
Investimentos na área de Turismo foram reivindicados pelo servidor público Luiz Eduardo Quinelato Santos, 19 anos. “Temos muitos atrativos turísticos aqui, como a Pedra do Elefante, e precisamos de capacitação profissional nessa área. Aqui também precisamos da implantação de equipamentos culturais, esportivos e de lazer”, reivindicou Luiz Eduardo.
Também participaram do encontro presencial pescadores ligados à Associação de Pescadores, Marisqueiros e Catadores de Caranguejo de Conceição da Barra, que reivindicaram obras de fixação da foz do Rio Cricaré para resolver o problema da salinidade da água e garantir condições de trabalho.
FOTO: Divulgação / SEP
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