05/12/2016 00h04

Hospital Estadual São Lucas aprimora triagem de pacientes

Quanto mais se sabe sobre a vida do paciente, melhor será o atendimento. Por isso, todas as pessoas que dão entrada para serem atendidas no Hospital Estadual São Lucas, em Vitória, respondem a uma série de perguntas feitas pela equipe de enfermagem durante a triagem, questões que vão muito além do estado de saúde do momento.

“Queremos saber sobre seus hábitos de vida, costumes. Como se alimentam, como tem sido o sono, o esforço dedicado ao trabalho, as preocupações e até suas crenças. Conhecer melhor a vida da pessoa é importante porque ajuda no diagnóstico clínico que será feito pelo médico, além do tratamento indicado para a recuperação do paciente. Também contribui na prevenção e até na descoberta de outras causas que podem estar afetando, indiretamente, a saúde da pessoa”, revelou Marcela Mafia Gomes, coordenadora de Enfermagem.

Essas entrevistas aplicadas no momento da coleta do histórico feito pela Enfermagem fazem parte de um procedimento conhecido na área da saúde como Sistematização da Assistência da Enfermagem (SAE), método que vem sendo adotado desde outubro no hospital.

De acordo com Marcela, o sistema promove o aperfeiçoamento das etapas que compõem o atendimento, uma vez que oferece para o médico e para a equipe multiprofissional uma quantidade bem mais apurada de informações sobre o paciente. “Todo o processo de cuidar do paciente está conectado ao planejamento da assistência, que começa no momento em que o hospital recebe a pessoa. A SAE é o aprimoramento de uma das etapas que envolvem o atendimento”.

Segundo o coordenador de Tecnologia e Infraestrutura do hospital, Alanderson Júnior, todas essas informações dos pacientes apuradas durante a SAE são inseridas no Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). “Assim, o hospital vai formando um banco de dados bastante preciso sobre o histórico de hábitos de vida e clínico do paciente. Em cada etapa que envolve o atendimento, o sistema é atualizado”.

A coordenadora de Enfermagem explicou, ainda, que é essencial formalizar diariamente as possíveis alterações na saúde da pessoa, pois a SAE é uma fonte de informações indispensáveis para assegurar a continuidade da assistência. “Ou seja, é preciso manter o sistema permanentemente atualizado sobre o estado clínico do paciente”.

O diretor assistencial, Rosialdo Lobato, acrescentou que a implantação da Sistematização da Enfermagem amplia a comunicação segura entre os profissionais da área e permite a realização de um serviço assistencial de qualidade.

Lobato explicou que o planejamento das ações que envolvem a SAE é responsabilidade do enfermeiro, mas que o técnico de enfermagem tem um papel fundamental na realização das atividades. “O trabalho em equipe é muito importante durante a promoção dos processos, pois permite um tratamento seguro e de qualidade na redução do tempo de internação, além da satisfação do usuário”, afirma ele.

Sobre o hospital

Referência no atendimento de trauma, a unidade é administrada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar desde o dia 18 de dezembro de 2015, por meio de um contrato de gestão firmado com o Governo do Estado do Espírito Santo via Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

O complexo hospitalar atende nas especialidades de neurologia, cirurgia vascular/angiologia, cirurgia geral, anestesiologia, cirurgia plástica, cirurgia torácica, cirurgia bucomaxilofacial, nutrologia e terapia intensiva.

São 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 14 leitos de Unidade de Alta Dependência de Cuidados (UADC) e 121 leitos de enfermaria e ambulatório de especialidades cirúrgicas. O hospital conta, ainda, com uma equipe multidisciplinar atuante na internação e nos ambulatórios: serviço social, psicologia, terapia ocupacional, nutrição clínica, fonoaudiologia e fisioterapeuta.

FOTO: Divulgação / Sesa

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo

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