Para quem está internado, tão importante quanto receber os cuidados da equipe de saúde é ter bem pertinho familiares e amigos. No Hospital Estadual São Lucas, em Vitória, todas as tardes de sexta-feira um grupo composto por profissionais de diversos setores orienta os acompanhantes para que a permanência deles ao lado do paciente seja proveitosa.
Nesses encontros, conhecidos tecnicamente como reuniões de acolhimento, os acompanhantes aprendem sobre as regras internas do hospital — o que pode e o que não pode ser feito para que o paciente se recupere o mais rapidamente possível. Os acompanhantes também recebem orientações sobre a importância da doação de sangue, práticas para promoção e prevenção em saúde e ainda conhecem os procedimentos de segurança aplicados pelo hospital no atendimento ao paciente.
Os encontros de acolhimento de acompanhantes são realizados por uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e profissionais que atuam no Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU).
“As reuniões de acolhimento buscam integrar os acompanhantes ao ambiente hospitalar, fazendo com que a presença dessas pessoas contribua, de fato, para a reabilitação do paciente. Por isso, os acompanhantes precisam estar atentos às regras do hospital e em sintonia com a equipe assistencial”, explicou o diretor assistencial, Rosialdo Lobato.
Atendimento humanizado
A presença de acompanhantes ajuda na recuperação do paciente e é considerada “uma das principais iniciativas de humanização realizadas no hospital”, afirmou Lobato. O diretor assistencial explicou que, ao acompanhar o paciente internado, amigos e familiares são preparados para desempenhar um papel importante na sua reabilitação durante o período em que ficam no hospital e também na recuperação depois da alta médica.
“É nesse momento, quando o paciente recebe alta, que inicia o programa de assistência compartilhada, em que a enfermagem e a equipe multidisciplinar transmitem orientações para familiares e amigos sobre os cuidados que o paciente precisa ter durante a reabilitação em casa”, informou Lobato. “O objetivo, além de evitar reinternações, é que a pessoa se recupere de maneira rápida, saudável e eficiente”, acrescentou.
Ariane Campos, assistente social e presidente da Comissão de Humanização, citou um trecho da Política Nacional de Humanização, do Ministério da Saúde, sobre os benefícios que a presença de um acompanhante durante a internação oferece aos pacientes.
“Do ponto de vista fisiológico, a Política Nacional de Humanização diz que a visita e o acompanhante estimulam a produção hormonal no paciente, diminuem o seu estado de alerta e a ansiedade frente ao desconhecido e traz serenidade, confiança e, em consequência, uma resposta mais positiva aos tratamentos”.
No hospital, a presença de acompanhantes representa uma “visão ampliada de saúde porque permite identificar as reais necessidades do paciente por meio de informações fornecidas pelos familiares”, explicou Rosialdo Lobato.
Essas informações facilitam a elaboração do plano terapêutico mais eficaz para a recuperação do paciente. “Contar com o apoio dos acompanhantes confirma o afeto dos familiares, dos amigos e fortalece laços afetivos em um momento de hospitalização, além de evitar que o paciente se sinta distante da sua vida cotidiana”, acrescentou Ariane.
FOTO: Divulgação / Sesa
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