É preciso reduzir a evasão, a reprovação e fazer com que o estudante aprenda mais. Pensando nesses desafios encontrados no Ensino Médio, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) está implantando ações para aprimorar o rendimento dos estudantes da rede estadual em sala de aula.
São iniciativas para melhorar as notas, aumentar a participação e solucionar conflitos, medidas simples que incentivam os alunos e fazem a diferença. Uma dessas ações será realizada hoje. Mais de 100 mil estudantes do Ensino Médio capixaba vão fazer uma avaliação diagnóstica, por meio do Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Trimestral (Paebes Tri).
“Com o Paebes Tri conseguimos avaliar os estudantes mais de perto e a partir das dificuldades dos alunos direcionar a atuação da escola para melhorar a aprendizagem. Vamos avaliar 100% dos estudantes de todas as séries do ensino médio e devolver o resultado para os professores, mostrando o conteúdo em que os alunos não foram bem, para que a escola possa agir e corrigir”, explica o secretário de Estado da Educação, Haroldo Rocha.
Uma das novidades do Paebes Tri é que a nota da avaliação será somada à média do trimestre nas disciplinas avaliadas: Língua Portuguesa e Matemática. Assim, o estudante é estimulado a se dedicar, podendo melhorar as notas finais por meio da avaliação.
Haverá um acompanhamento, trimestral, do desempenho dos estudantes das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio regular e das 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries do Ensino Médio Inovador, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. O objetivo é estimular um melhor desempenho da escola, aprimorando o ensino e garantindo o direito de aprender dos estudantes.
A avaliação utiliza a Teoria Clássica dos Testes (TCT), metodologia em que a medida de desempenho apresenta o número, no nível aluno, e o percentual médio de acerto por descritor, nos demais agregados. A análise dos dados permite identificar as habilidades mais e menos desenvolvidas pelos estudantes, nas respectivas séries. A partir dela, é possível instrumentalizar e reorientar práticas pedagógicas, de modo a permitir o desenvolvimento de todas as competências e habilidades consideradas básicas e essenciais para cada etapa avaliada.
Monitoria Voluntária
Compartilhar conhecimentos sobre uma determinada disciplina com os colegas, desenvolver projetos sociais mobilizando a comunidade escolar, promover boas experiências, entre outros, são algumas das ações que poderão ser executadas pelos estudantes da rede estadual por meio da “Monitoria Voluntária Estudantil”.
A Monitoria Voluntária Estudantil será praticada, exclusivamente, pelos estudantes e tem como objetivo desenvolver uma prática social, de caráter formativo que conduza o exercício efetivo de valores e atitudes para intervir e promover a transformação da realidade local.
Dentre as ações que podem ser desenvolvidas, estão: apoio ao professor no processo ensino-aprendizagem de outros estudantes; liderança de turma; desenvolvimento de projeto social proposto pelo estudante; desenvolvimento de atividades de apoio ao professor em ambientes educativos escolares, como: a biblioteca, o laboratório de informática, os laboratórios de Física, Química, Matemática, Biologia, Artes e outros; desenvolvimento de atividades socioculturais e esportivas.
Para ser um estudante monitor, o jovem deve desenvolver atividades de natureza voluntária, no ambiente escolar, por um período mínimo de 40 horas ao longo de um ano letivo. Ao término da atividade, o estudante receberá um Certificado de Participação no Programa de Monitoria Voluntária Estudantil.
Estudantes vão ajudar na gestão da escola
Para despertar o interesse e a participação dos estudantes do Ensino Médio nas ações desenvolvidas pelas escolas da rede pública estadual, a Sedu está lançando o “Conselho de Líderes de Turma”.
“A ideia é diminuir as distâncias pedagógicas e tornar o trabalho do gestor escolar mais eficiente, criativo e produtivo. Com o Conselho, os estudantes líderes da sala vão ter o seu protagonismo reforçado. Eles serão parceiros da direção para identificar os alunos faltosos e abordá-los para trazê-los de volta à escola, trabalhando de forma integrada tornando o planejamento mais participativo na escola”, disse Haroldo Rocha.
O Conselho de Líderes de Turma é uma instância de representação exclusiva dos estudantes, e será um espaço de escuta e participação, constituído somente pelos representantes de turmas de cada unidade escolar.
O representante de turma deve ser o principal elo entre a turma e a gestão escolar, sendo o responsável por um diálogo ético e eficaz com sua turma, garantindo, assim, espaço na construção de políticas educacionais, por meio da colaboração ativa, construtiva e solidária que traz ao estudante a vivência do significado de autonomia, protagonismo e voluntariado.
Ele deverá atuar em parceria com a gestão escolar na elaboração, na execução, no monitoramento e na avaliação com foco na resolução das situações e problema reais da escola, tais como reprovação e evasão identificadas.
O processo de escolha de representantes será realizado em todas as escolas de Ensino Médio da rede estadual. Um regulamento será publicado, por meio de uma Portaria, com todos os requisitos para seleção dos representantes.
O processo de escolha de representantes de turma terá validade de um ano, devendo ocorrer sempre antes do término do mandato anterior.
FOTO: Pedro Dutra/ Secom-ES
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