Dando continuidade aos estudos para implantação das barreiras de proteção na Terceira Ponte, a Agência de Regulação dos Serviços Públicos (ARSP) divulgou, na tarde da última quarta-feira (11), a segunda etapa do projeto conceitual durante uma coletiva de imprensa.
“A Agência Reguladora assumiu um compromisso com sociedade capixaba de comunicar cada um dos passos e as etapas que se referem a solução de uma tecnologia de proteção de segurança na Terceira Ponte”, explicou o diretor geral da ARSP, Julio Castiglioni.
Castiglioni explicou que a ARSP optou por evoluir no projeto de outra tecnologia: a de cabos de aço sustentados por estruturas verticais inclinadas. “Essa proposta foi adotada em outras pontes, como a Millennium Bridge em Londres, possui como vantagem um menor custo de fabricação e manutenção, permite facilidade de acesso para manutenção da estrutura da Terceira Ponte, menor área de atrito causada pela incidência de ventos e mantém o cone de visibilidade para a população”, explicou.
A partir de agora, a concessionária Rodosol tem um prazo até o dia 13 de novembro para apresentar o projeto desta nova tecnologia, contendo todos os detalhes relativos à tecnologia empregada, cronograma de obras e custos respectivos.
De acordo com a diretora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária, Kátia Muniz Côco, na primeira etapa foram apresentadas quatro alternativas para barreira na Ponte e, naquele momento, optou-se por evoluir na proposta de instalação de placas de vidro. A concessionária Rodosol apresentou à ARSP, na terça-feira (10), algumas indicações que inviabilizam a utilização desta tecnologia.
“Um aspecto apontado foram as ações de vandalismo que poderiam causar desprendimento de parte das placas de vidro e risco de queda nas pessoas e veículos lindeiros à ponte. Esse aspecto, associado à área de atrito formado pelas placas de vidros e incidência dos ventos, ocasionou a necessidade de instalação de lâminas duplas de vidro com película anti-impacto. Questões de reforço na ancoragem e tricas também foram considerados”, explicou a diretora.
A diretora informou que outros materiais também foram estudados, como o policarbonato e o acrílico. “Estes materiais, mesmo apresentando resistência às ações de vandalismo, mostraram-se pouco resistentes à abrasão gerada pelas intempéries, como ventos fortes, sol chuva, materiais particulados e aerossóis marinhos e baixa vida útil. Assim, a necessidade de limpeza constante da superfície das placas pela incrustação poderia perder a característica translucida desejada para preservar o cone de visão do Convento da Penha”, disse ainda a diretora.
O diretor informou que após finalizado todo trabalho, a ARSP e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) buscarão junto ao Poder Judiciário uma solução para equacionar os impactos advindos do custo da obra, tomando em consideração não apenas as alternativas disponibilizadas pela Lei de Concessões, como também as particularidades inerentes a cada um dos processos judiciais que estão em curso. “Além de constituir um importante equipamento rodoviário, a Terceira Ponte é reconhecida como um símbolo para os capixabas. Isso impõe ainda mais ao Poder Público a obrigação de adotar medidas que não se limitem a garantir a mobilidade dos veículos, mas que, sobretudo, preservem em primeiro lugar a vida das pessoas”, explicou Julio Castiglioni.
FOTO: Divulgação / Arsp
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