04/09/2019 08h03 - Atualizado em 04/09/2019 11h10

Parceria entre Governo e LabTAR fortalece empreendedorismo

Com o propósito de empreender para promover cidadania, a vice-governadora Jaqueline Moraes inicia uma parceria com o Laboratório de Apoio à Rede de Inovação – LabTAR. A iniciativa tem como parceira a coordenadora e professora do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Miriam de Magdala Pinto.

A parceria está centrada no projeto IRIS – que significa Inspira, Realiza e Impacta Socialmente. O objetivo da iniciativa é o fortalecimento do empreendedorismo de impacto socioambiental positivo. O projeto tem motivado o surgimento de várias pequenas empresas no Brasil, que conjugam os resultados financeiros à geração de benefícios para uma comunidade carente de serviços básicos.

Na sede do IRIS, na Enseada do Suá, em Vitória, funcionam empresas e uma associação sem fins lucrativos. “Com o propósito que se relaciona fortemente com o Programa Agenda Mulher, da Vice-Governadoria do Estado, dando foco no empreendedorismo de ambos, nós da IRIS vemos como extremamente oportuna e sinérgica a relação entre as duas ações e estamos abertos à colaboração e parcerias entre as iniciativas”, pontua a coordenadora do LabTAR, Miriam de Magdala Pinto.

O interesse da vice-governadora Jaqueline Moraes é criar condições para desenvolver projetos de fomento ao empreendedorismo social em parceria com a iniciativa privada. Um dos dados que ela apresenta para atuar no Espírito Santo é o crescimento do número de negócios tocados pelos Microempreendedores Individuais (MEIs).

"Acredito fortemente que é viável aumentar o faturamento e, ao mesmo tempo, acrescentar algo de positivo à sociedade. O negócio pode ser positivo para o mercado e também para a sociedade do entorno. Temos que reinventar as relações", disse Jaqueline Moraes.

O foco deste tipo de empreendimento, conhecido como negócio de impacto, está na base da pirâmide social brasileira composta, principalmente, por classes menos favorecidas. No País, aproximadamente 160 milhões de pessoas integram as camadas com faixas de renda mais baixas, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O programa foi apresentado à vice-governadora. "Pequenos Negócios, Grandes Mulheres", desenvolvido pelo time Enactus/Ufes Vitória. A explicação sobre o funcionamento foi dada pelo aluno da Ufes, Rogi Cezarino, mostrando que o projeto tem por objetivo capacitar mulheres vítimas de violência doméstica e em situação de vulnerabilidade, a fim de conquistar sua autonomia financeira. Para tanto, o trabalho ocorre em parceria com outro projeto de extensão da Ufes, o Fordan e atua na comunidade de São Pedro, em Vitória, com foco no enfrentamento a violência.

“A gente encontrou em todas as comunidades – São Benedito, em Vitória; Vila Nova de Colares, na Serra e Vila das Torres, em Curitiba (PR) – mulheres jovens, que cuidam sozinhas dos seus filhos e são rejeitadas pelo mercado de trabalho, mas que lutam sempre para dar o melhor para seus filhos e estão dispostas a assumir os riscos de enfrentar o novo, aprendendo uma nova ferramenta, encarando um novo mercado de trabalho e trocando suas experiências como mães com a gente, nos ensinando muito e também ouvindo muito do que levamos para elas", disse Cezarino.

Ele explica ainda que a Enactus, organização internacional sem fins lucrativos da qual é membro se dedicada “a inspirar os alunos a melhorar o mundo através do empreendedorismo”.
Outro exemplo de empresa que integra o IRIS é a Eva - um negócio de impacto social que promove para mães em situação de vulnerabilidade social uma capacitação em Gestão de Mídias Sociais, com o intuito de gerar renda e proporcionar seu empoderamento. Ao mesmo tempo, durante a capacitação, são discutidos temas relacionados ao cuidado parental e aos fatores de proteção à criança.

FOTO:  Jenifer Cardoso / Vice-Governadoria

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)

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