O Governo do Estado realizou, na última quinta-feira (14), o acolhimento dos mais de 400 profissionais médicos, cirurgiões-dentistas e enfermeiros, que estão se especializando em Atenção Primária à Saúde (APS) e atuarão nas equipes de Saúde da Família. O evento aconteceu no Palácio Anchieta, em Vitória.
Os profissionais foram selecionados por meio do Edital ICEPi/SESA Nº 007/2019, que faz parte do Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde e novos sistemas de informação (Qualifica APS), apresentado em agosto deste ano. O objetivo do programa é agilizar, inovar e qualificar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.
O governador Renato Casagrande acentuou o caráter de prevenção promovido pelo Programa e a estabilidade fornecida aos profissionais da saúde que atuarão nele:
“Vamos trabalhar a prevenção e para isso é importante que a gente fortaleça a atenção primária, que é, de fato, o primeiro atendimento. Aquela pessoa que procura a unidade de saúde precisa resolver seu problema ou que tenha um encaminhamento resolutivo. Quando a gente lança dentro do programa de atenção primária essa parte de formar médicos, enfermeiros e dentistas especializados na saúde da família, isso fortalece essa atenção primária.”, salientou.
Para este primeiro ano, foram selecionados 482 profissionais, sendo 253 médicos, 129 enfermeiros e 100 cirurgiões-dentistas. Eles passarão pelo processo de aperfeiçoamento profissional de saúde em princípios, habilidades inerentes à APS e ampliação da resolutividade e o acesso à Atenção Primária dos 76 municípios que aderiram ao programa, mediante integração ensino-serviço e pesquisas aplicadas ao SUS.
Durante a solenidade, o secretário Nésio Fernandes destacou que esta ação do Estado é mais um passo para que o Espírito Santo dê um salto na qualidade do atendimento no SUS. De acordo com ele, desde o início da gestão foi identificada a necessidade de mudar o modelo de atenção à saúde da população espírito-santense. “A saúde capixaba estava focada no hospital e vimos a necessidade de formar profissionais que atuem na atenção básica, para que essa mudança seja uma experiência exitosa”, disse.
A formação desses profissionais em especialistas em saúde de família e comunidade terá duração de três anos. Contudo, a partir do momento em que eles começarem a atuar nas unidades básicas de saúde nos municípios, serão acompanhados pelos tutores já selecionados.
“Isso irá aumentar a resolutividade da organização da atenção básica. Hoje, em nosso Estado, de cada 17 consultas realizadas na atenção básica, dez são encaminhadas para um especialista. Isso mostra que temos uma atenção básica pouco resolutiva. A saúde precisa acontecer onde as pessoas vivem, que são os bairros. Não tenho dúvida nenhuma que esse ‘exército de jaleco branco’ pode cumprir um papel excepcional na vida do povo espírito-santense”, ressaltou.
Com as estratégias de provimento a partir da formação em serviço como um dos componentes do Programa Qualifica APS, a formação desses profissionais visa o aperfeiçoamento em Práticas Clínicas nas áreas de Medicina de Família e Comunidade; Odontologia Clínica e Enfermagem para a APS; e o aperfeiçoamento em Atenção Primária à Saúde.
O componente de formação do Qualifica APS será executado de maneira compartilhada entre ICEPi e os municípios. O Instituto fará a coordenação, oferta e desenvolvimento dos cursos e os municípios terão a atribuição do pagamento da bolsa de formação, no valor de R$ 11.865,00, para médicos e R$ 3.500,00, para a enfermeiros e cirurgiões-dentistas.
Ao todo foram selecionados 482 profissionais, sendo 253 médicos, divididos nas quatro regiões de saúde (95 na região Metropolitana; 59 na região sul; 73 na região central e 26 na região norte); 129 enfermeiros (14 na região Metropolitana; 47 na região sul; 51 na região central e 17 na região norte); e 100 cirurgiões-dentistas (16 na região Metropolitana; 28 na região sul; 38 na região central e 18 na região norte).
O início das atividades de campo está previsto para após a assinatura do Termo de Adesão e do Plano de Trabalho pactuados entre os municípios. No Plano de Trabalho, os profissionais terão que cumprir com 80% de sua carga horária voltada para o desenvolvimento de atividades assistenciais e 20% para atividades teóricas que serão ofertadas pelo ICEPi, contemplando as atividades de supervisão presencial, encontros tutoriais, aulas teóricas, participação em oficinas e seminários, e a realização de pesquisas aplicadas ao SUS.
FOTO: Hélio Filho / Secom-ES
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