03/08/2017 08h02 - Atualizado em 03/08/2017 10h15

Hemoes alerta para a importância de doar sangue regularmente

De 1º de janeiro do ano passado até o dia 25 de julho deste ano, 51.317 pessoas doaram sangue no Espírito Santo, segundo informações do Hemocentro do Estado do Espírito Santo (Hemoes). Esse número é referente a doadores regulares (que fazem a doação duas vezes por ano) e também a doadores esporádicos.

No Brasil, apenas 1,8% da população é doadora de sangue, número que está dentro dos parâmetros, de pelo menos 1%. A taxa, entretanto, está longe da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 3% da população doadora.

A hematologista e chefe do Núcleo Técnico do Hemoes, Rachel Lacourt Costa do Amaral, destacou sobre a importância de ser um doador regular.

“No Hemoes possuímos um cadastro de doadores regulares em que cerca de 3 mil pessoas estão cadastradas como fenótipos mais difíceis de serem encontrados, e podem ser contatados e convidados a vir doar sangue quando há demanda. Precisamos de doações regulares pois existe um prazo de validade para cada hemocomponente e uma doação regular e contínua é de suma importância para manter os estoques em níveis seguros”, disse.

Ela explicou que para ser doador é preciso ter entre 16 e 69 anos, sendo que menores de 18 anos só podem doar com autorização de um responsável legal, ir até o Hemoes e se cadastrar. Rachel acrescentou que mesmo quem não conhece o seu tipo sanguíneo pode fazer a doação, já que vários exames são realizados no material coletado.

“Quando a pessoa doa sangue são feitos vários exames como tipagem sanguínea, fenotipagem do sangue, sorologias para sífilis, HIV, citomegalovirose, hepatite B e C, HTLV. Após a doação o doador recebe uma carteira de doador com o seu tipo sanguíneo e os resultados de exames”, explicou.

Medula óssea

No Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), constam mais de 4 milhões de doadores cadastrados no Brasil e 850 pacientes aguardando uma medula compatível para transplante. No Espírito Santo, são 130.668 doadores cadastrados e 295 pacientes aguardando uma medula compatível.

O REDOME é o órgão que controla o banco de doadores e cruza as informações com o cadastro de candidatos a transplante para se localizar um doador compatível.

Segundo a hematologista, os números podem parecer contraditórios, visto que a quantidade de pessoas cadastradas para doar medula óssea é muito maior do que a o número de pessoas que precisam receber a doação.

Ela explicou que a doação de medula óssea pode ser aparentada ou não aparentada. No primeiro caso, o doador é uma pessoa da própria família, em geral um irmão ou um dos pais. Há cerca de 25% de chances de encontrar um doador compatível na família. Já na doação não aparentada, as chances do paciente encontrar um doador compatível são de 1 em cada 100 mil pessoas, em média.

Por isso, Rachel destacou sobre a importância de o doador manter seu cadastro atualizado para que possa ser localizado quando houver uma demanda.

“O recadastramento no REDOME passou a ser on-line e quem precisa atualizá-lo sempre que houver mudança de endereço, telefone ou alteração do nome pode fazê-lo sem a necessidade de sair de casa, pelo site redome.inca.gov.br. No entanto, para se cadastrar como doador de medula óssea, é preciso ir até o Hemoes”, explicou.

Rachel destacou que além de manter o cadastro atualizado, a pessoa que deseja ser doadora de medula óssea deve ter certeza de sua ação, pois quando acionado para uma doação deverá estar pronto para passar pelo processo.

“É preciso ter certeza de que quer ser doador de medula, que realmente quando for acionado estará disposto a passar por todo o processo de testes e doar”, destacou.

FOTO: Divulgação / Sesa

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)

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