A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Estado, realizada pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), foi lançada durante o I Congresso Brasileiro de Pecuária Bovina e o VIII Congresso Capixaba de Pecuária Bovina, no Cine Teatro da Universidade Vila Velha (UVV). Nesta fase – que teve início no último dia 1º e que prossegue até 30 de novembro – deverão ser vacinados todos os bovinos e bubalinos (búfalos) – independente da faixa etária – envolvendo aproximadamente 2,2 milhões de animais em 32 mil propriedades.
Participaram da solenidade o governador Paulo Hartung; o secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto; o diretor-presidente do Idaf, Júnior Abreu; o diretor-presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Marcelo Suzart; além de outras autoridades e representantes da cadeia produtiva da pecuária bovina.
Hartung destacou a importância da vacinação contra a febre aftosa para que a cadeia pecuária se desenvolva em nosso Estado.
"A agropecuária em nosso estado tem importância permanente e estabilizadora do ponto de vista social e econômico. Na grande maioria dos municípios a atividade principal é agrícola. Assim, precisamos sempre trabalhar para fomentar o desenvolvimento de todas as cadeias. Com a pecuária capixaba não é diferente, precisamos investir nas ações que garantem a qualidade do nosso rebanho e que permitem àqueles que cuidam dele, a academia, alunos e setor produtivo, órgãos governamentais espaços para formação de capital humano, pois isso representa competitividade. Precisamos avançar e dar homogeneidade para, consequentemente, possibilitar mais renda aos produtores capixabas”.
O diretor do Idaf, José Maria Abron, ressaltou a importância da vacinação e disse que com a ampliação da campanha irá pleitear junto ao Ministério da Agricultura para que o Espírito Santo tenha o status de livre da doença mesmo sem a vacina.
"A vacinação contra a febre aftosa é muito importante para que se mantenha a sanidade animal e para que o nosso rebanho continue livre da doença. Além disso, ela é fundamental para garantir a qualidade dos produtos capixabas da bovinocultura que são exportados para o Chile, União Europeia, entre outros locais do mundo. Esperamos que com a ampliação da cobertura, o Espírito Santo consiga o selo de livre da doença sem a vacina. Atualmente nós já possuímos o selo de livre, mas com a vacinação".
O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, explicou sobre a importância do setor pecuarista para o agronegócio e para a economia capixaba. Segundo ele, ainda existem muitos desafios que envolvem tanto a pecuária de leite como a de corte no Espírito Santo, mas a mobilização dos produtores, das instituições públicas e privadas e dos pesquisadores irá contribuir para transformar esse setor nos próximos anos.
“A pecuária de leite envolve 16 mil produtores de base familiar e responde por mais de 30 mil empregos diretos e 25 mil indiretos. O Governo vem trabalhando para promover o desenvolvimento da cadeia no Estado, por meio de cursos de capacitação, workshops, isenção de impostos sobre insumos para alimentação dos rebanhos, com editais de pesquisas para a área, e agora também com o programa de Bovinocultura Sustentável, que será coordenado pelo Incaper. Esperamos que com essas ações a produtividade por área e por animal cresça, e que os produtores rurais consigam aumentar a renda e melhorar a sua própria qualidade e de suas famílias”, contou Octaciano.
A vacinação é obrigatória, justamente para manter o Estado longe da doença. O produtor que descumprir a determinação pode pagar multa por cada animal não imunizado, além de ficar impedido de transitar seus animais. O último registro da doença foi em 1996 e, desde 2001, o Estado é reconhecido internacionalmente com o status de livre com vacinação.
Após a compra da vacina, é importante que o pecuarista siga as normas de transporte, manutenção, higienização e aplicação para não comprometer a qualidade do produto. De acordo com coordenador no Idaf do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, José Dias Porto Júnior, é importante que as vacinas sejam transportadas em isopor de tamanho adequado, com gelo em quantidade suficiente e que sejam conservadas na temperatura correta, de 2ºC a 8°C, até o momento da aplicação. “Outra recomendação é substituir a agulha a cada dez animais vacinados e limpar seringa e agulhas no início e ao final do procedimento, fervendo-as e guardando-as limpas e secas”, explicou o médico veterinário.
Cobertura vacinal
Na segunda etapa da campanha em 2015, foram imunizados mais de 2,1 milhões de animais em, aproximadamente, 31 mil propriedades. Esse índice corresponde a 98,34% dos bovinos e bubalinos do Espírito Santo.
Os municípios com maior rebanho atualmente são Ecoporanga (239.493 animais), Linhares (145.288) e Montanha (117.490).
Atualização do rebanho
Durante a campanha, os produtores também devem informar os nascimentos e as mortes de animais ocorridos na propriedade desde a última atualização do rebanho realizada. O registro pode ser feito no escritório do Idaf ou pela internet por meio do Sistema de Integração Agropecuária (Siapec). “Essas informações são essenciais para que o órgão de defesa sanitária animal, que no Espírito Santo é o Idaf, possa planejar as medidas de mitigação de risco de ocorrência da enfermidade”, explicou o veterinário Porto Júnior.
A comprovação da vacinação é obrigatória e pode ser feita pela internet (até 30 de novembro) ou nos escritórios do Idaf (até 10 de dezembro). Para a comprovação on-line é preciso comparecer previamente ao escritório do Instituto para obter login e senha de acesso ao Siapec, caso ainda não possua. Para consultar o endereço do Idaf em sua cidade, acesse o site www.idaf.es.gov.br, clique no menu “Contato > Telefones Idaf” e, no mapa, escolha o município de interesse.
FOTO: Leonardo Duarte / Secom-ES
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