16/07/2019 08h03 - Atualizado em 16/07/2019 08h52

Escola Estadual de Serra é finalista no Prêmio Educador Nota 10

O Prêmio Educador Nota 10, maior e mais importante prêmio da Educação Básica Brasileira, já tem seus 50 finalistas. A lista conta com um projeto de Serra, inscrito pela diretora da Escola Jones José do Nascimento, Juliana Rohsner Vianna. A unidade de ensino superou questões voltadas à indisciplina, por exemplo, no ambiente escolar e alcançou metas de aprendizagem importantes para o desenvolvimento dos alunos.

A diretora destaca que, aliado aos resultados alcançados na escola, o que motivou participar do Educador Nota 10 foi a ótima colocação no Prêmio Gestão Escolar, realizado pelo Conselho Nacional de Educação (Consed), no ano passado. “Ficamos em primeiro lugar na Região Sudeste e em segundo lugar no país. Isso nos impulsionou a também participar do Prêmio Educador Nota 10. E, claro, os resultados positivos do trabalho realizado pela equipe escolar foi primordial. Estamos muito felizes e na expectativa da divulgação dos dez finalistas no próximo dia 17”, disse.

Foram quase cinco mil projetos inscritos, que passaram pelo olhar criterioso da Academia de Selecionadores no último mês. Os trabalhos contaram com a avaliação dos selecionadores – grandes especialistas em didáticas específicas, pesquisadores das principais universidades do país, orientadores de graduação e pós-graduação, além de formadores de gestores e de professores em suas respectivas disciplinas.

Além da leitura dos cases, foram realizadas entrevistas com os educadores e solicitados materiais para a comprovação dos avanços de aprendizagem dos estudantes em suas escolas. Entre os projetos selecionados, 11 são de Língua Portuguesa, seis de Matemática, seis de Educação Infantil, quatro de História, quatro de Artes, quatro de Educação Física, três de Geografia, três de Língua Estrangeira, três trabalhos conduzidos por diretores e dois de Gestão.

Sociologia, Biologia, Ciências e Filosofia, tiveram selecionados um trabalho cada. Por ciclo educacional, são 16 do Ensino Fundamental 1, 12 do Ensino Fundamental 2, 11 do Ensino Médio e seis da Educação Infantil. A região do país melhor representada entre os finalistas é a Sudeste, com 26 projetos (18 de São Paulo, seis do Rio de Janeiro, um de Minas Gerais e um do Espírito Santo), seguida pelo Sul e pelo Nordeste.

Educador nota 10

O Prêmio Educador Nota 10 foi criado em 1998 pela Fundação Victor Civita que, desde 2014, realiza a premiação em parceria com Abril, Globo e Fundação Roberto Marinho. Reconhece e valoriza professores da Educação Infantil ao Ensino Médio e, também, coordenadores pedagógicos e gestores escolares de escolas públicas e privadas de todo o país. O Prêmio tem o apoio da Nova Escola, Instituto Rodrigo Mendes e Unicef, e o patrocínio da Fundação Lemann e SOMOS Educação. Desde 2018, o Prêmio Educador Nota 10 é associado ao Global Teacher Prize, prêmio global de Educação.

O case da professora

Quando Juliana assumiu a direção da Escola Jones, a unidade de ensino era considerada uma das mais violentas do Estado e enfrentava problemas crônicos de indisciplina, vandalismo e baixa aprendizagem. Para transformá-la, foi fundamental ouvir a comunidade interna e externa, observar e propor intervenções de forma respeitosa, aproximando-se das necessidades da comunidade e das expectativas dos pais. O caos foi vencido pelo diálogo, pela organização dos espaços, pelo limite, pela oportunidade de sair e conhecer outros ambientes educativos, pelo ensino.

A diretora fortaleceu lideranças democráticas como o grêmio estudantil e o conselho escolar, mas sua maior vitória foi envolver os professores em um trabalho colaborativo para traçar ações pedagógicas e alcançar metas de aprendizagem. Os resultados das avaliações externas foram contundentes: dos 28,6% de alunos abaixo do básico em Língua Portuguesa em 2017 sobraram apenas 3,4% em 2018. Já os proficientes passaram de 7,1% para 31%. Em Matemática, 50% dos estudantes tinham resultados abaixo do básico em 2017. No ano seguinte, eram só 13,8%. As conquistas coletivas devolveram à escola a função de acolher sonhos e dar oportunidade para os jovens.

FOTO: Divulgação / Sedu

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