24/11/2016 00h02

Detentos do semiaberto reformam Escadaria Maria Ortiz

Oito internos da Penitenciária Semiaberta de Cariacica (PSC) estão trabalhando na reforma da Escadaria Maria Ortiz, no Centro de Vitória. O trabalho inclui a recuperação do reboco e das trincas, a recomposição de adornos e balaústres, além da reforma no piso e a pintura de toda a área.

O trabalho dos internos está sendo coordenado por arquitetos da Secretaria de Desenvolvimento da Cidade de Vitória e a previsão é que todo o trabalho seja executado em quatro meses.

A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores Públicos no Estado do Espírito Santo (Coopjud) e a Prefeitura da Capital.

Ações

Vários internos do sistema prisional capixaba, que cumprem pena em regime semiaberto, realizam serviços como limpeza, reparos, reforma e construção em prédios da administração estadual e outros espaços públicos.

O grupo é formado por 45 detentos que possuem experiência na área da construção civil e também por aqueles que participaram de cursos de qualificação profissional ofertados pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Com a oportunidade de trabalho, eles estão colocando em prática o que aprenderam em sala de aula.

Os internos são coordenados pela Diretoria de Engenharia e Arquitetura (Digea) da Sejus.

Recentemente, eles atuaram na limpeza de um terreno na divisa dos bairros Guaranhuns e Novo México, em Vila Velha, que pertence à Superintendência dos Projetos de Polo Industrial (Suppin) e na recuperação de um campo de futebol no bairro Santa Rita, em Vila Velha.

Outras ações que contaram com a participação dos detentos foram a limpeza e a recuperação da área do Hospital Infantil, em Vitória, e a limpeza do Almoxarifado Central da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Outro grupo de detentos do regime semiaberto, do projeto Reformando Vidas, coordenado pela Gerência de Educação e Trabalho da Sejus, também atua em órgãos públicos e instituições sem fins lucrativos.

Desde 2013, quando o Reformando Vidas começou, 41 instituições já foram atendidas, entre órgãos públicos e instituições sem fins lucrativos. Nesse período, 382 detentos participaram das ações.

Seleção dos presos

Para selecionar os detentos que podem trabalhar, é feita uma rigorosa avaliação por uma equipe multidisciplinar. Só são escolhidos aqueles que cumprem os requisitos exigidos pela Sejus, como ter escolarização, ter desenvolvido trabalhado voluntário em atividades de apoio à unidade, ter demonstrado interesse pelo trabalho, ter bom comportamento e qualificação profissional exigida para a função.

Conforme prevê a Lei de Execução Penal, os detentos que trabalham são beneficiados com a remição da pena. Desta forma, a cada três dias de trabalho, um dia é abatido da pena a ser cumprida.

FOTO: Beto Morais / Secom-ES

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)

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