08/12/2017 08h01 - Atualizado em 08/12/2017 08h39

Convento do Carmo ganha novo telhado com apoio do governo

Apoiadores e parceiros da reforma do telhado do Convento do Carmo, em Vitória, foram recebidos na tarde da última quarta-feira (06), pelo arcebispo Dom Luiz Mancilha, numa reunião que marcou o encerramento das obras. O encontro aconteceu na Mitra Arquidiocesana e reuniu empresas patrocinadoras e o Governo do Estado, representado pelo vice-governador César Colnago.

As parcerias foram firmadas da Lei Rouanet, o principal mecanismo de fomento à Cultura no Brasil. Durante a reforma foi trocada toda a madeira do telhado e as calhas foram substituídas. Também foram feitas descupinização e imunização para que o novo telhado dure por muitos anos.

Durante as obras descobriu-se que a igreja conta com diversas obras de arte, inclusive adornos em ouro, cobertas por quatro camadas de pintura de reformas anteriores. A arquiteta Erika Kunkel, responsável pelo projeto, explicou que foi uma grande surpresa. "Nas raspagens feitas nas camadas de pintura chegamos à obras como anjos inteiros, completamente preservados. Essas obras terão visibilidade conforme o projeto de reforma for seguindo. O próximo passo é a troca do forro", disse.

Para o vice-governador, a parceria para a restauração beneficia a cultura, o turismo e a história do nosso estado. "Mais que um patrimônio da Igreja, o Convento do Carmo é um patrimônio do povo capixaba e merece ser recuperado e visitado. É um espaço que guarda boa parte da nossa história", destacou.

História

O Convento de Nossa Senhora do Monte do Carmo foi fundado em 1682, por padres carmelitas. O conjunto era formado pelo convento propriamente dito, pela Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo e pela Capela da Ordem Terceira. Todos possuíam estilo colonial, com linhas barrocas.

Em em 1872, o edifício foi assumido pelo governo provincial que o utilizou em várias funções, inclusive a de quartel militar. Entre 1910 e 1913 passou por reformas ganhando mais um andar, enquanto a igreja recebia uma roupagem eclética, a influência do estilo gótico. A capela que ficava ao lado da igreja foi demolida em 1930. Em 1984 sua fachada foi tombada pelo Conselho Estadual de Cultura. A Igreja dispõe de imagens em seus altares e quadros da Via-Crucis.

FOTO: Andressa Main

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