Os adeptos da pesca esportiva já podem fazer as malas e se aventurar pelo litoral do Espírito Santo. A alta temporada do esporte começou e segue até março, período em que as correntes marinhas e a temperaturas contribuem para a prática da modalidade náutica.
Pescadores do mundo todo são atraídos pela quantidade e tamanho dos peixes no litoral capixaba. “A procura se dá, principalmente, por pescadores de São Paulo e também dos Estados Unidos. Recebemos recentemente um grupo de argentinos que vieram em busca dos cobiçados Marlins Azul e Branco”, afirmou Leonardo Menezes, sócio-diretor de uma empresa que atende o turismo náutico no estado.
Da capital, Vitória, é possível chegar à aérea de pesca com apenas 1 hora de navegação.
“Embarcamos às 6h30 e cerca de 1 hora depois chegamos ao ponto ideal para a pesca. No Rio de Janeiro, por exemplo, o percurso dura 5 horas, além do tempo de permanência no mar para pescar. Isso faz a atividade mais cara em outros lugares do que no Espírito Santo”, explicou Leonardo.
A cidade de Vitória é considerada a capital mundial do Marlim e ostenta dois recordes internacionais de captura do Marlim Azul. O primeiro feito aconteceu em 1979, quando foi capturado um Marlim Branco pesando 82,5 quilos e o segundo em 1992, quando pescadores capturaram um Marlim Azul de 636 quilos.
O Marlim
Com dorso azul-cobalto e bico pontiagudo, o Marlim destaca-se por sua velocidade e valentia. Por isso, tornou-se símbolo de tudo que o mar tem: desafio, beleza, mistério e aventura.
O Marlim pode atingir até 650 quilos e medir 4 metros de comprimento. E é encontrado principalmente durante o dia, pois a noite procura águas mais profundas para se alimentar.
Pra fisgar o queridinho dos pescadores é necessário materiais sofisticados, como linhas de até 130 Ib, varas e caretinhas de 700 metros de linhas. As iscas preferidas são as fornagoios e sorocabas (naturais) e lulas (artificiais).
A pesca esportiva não é predatória, pois não retira o peixe do meio ambiente, e o objetivo é fisgar o animal, não para consumo ou comércio, mas pelo prazer de pescar. Após pesar, medir e fotografar, o pescador o devolve para a água.
Para o que o peixe não fique debilitado existem equipamentos e acessórios diferenciados para esse tipo de pesca. Anzóis, iscas, entre outros, são idealizados com o intuito de não ferir o peixe.
Símbolo capixaba
O Makaira Nigricans, popularmente conhecido como Marlim Azul ou Espardarte-Azul, é considerado desde 2015 como símbolo capixaba. A Lei N° 10.426 foi decretada pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) e sancionada pelo Governador Paulo Hartung.
A lei institui ainda o Dia Estadual do Marlim Azul, comemorado em 28 de fevereiro.
FOTO: Divulgação / Setur
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