05/07/2018 08h03 - Atualizado em 05/07/2018 09h14

Mais atendimentos em ortopedia no Hospital Estadual de Vila Velha

O governador Paulo Hartung e o secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, visitaram, na manhã de ontem, as obras que estão sendo realizadas no Hospital Estadual de Vila Velha para aumentar a capacidade de atendimento da unidade hospitalar na área de ortopedia. Hartung e Oliveira passaram pela Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), que terá dez leitos, o Centro de Materiais Esterilizados (CME), que está em fase de acabamento, e entregaram a Agência Transfusional.

Durante a visita, o governador destacou que as melhorias no Hospital Estadual de Vila Velha são viáveis pelo fato de o Estado estar com as contas organizadas e pagamentos de servidores e fornecedores em dia.

Homenagem

Hartung também destacou a história de vida do homenageado que dá nome ao hospital. “Dr. Nilton de Barros ajuda a forjar a missão desta instituição de uma área importante que é a saúde pública. Um exemplo”, disse Hartung.

Resultados

Em 2017, o Hospital Estadual de Vila Velha realizou 3.890 cirurgias, 44.054 exames pré e pós-operatórios e 13.650 consultas, números que são resultado do investimento feito na unidade hospitalar em 2016, quando o Governo do Estado assumiu a posse total da edificação e do terreno onde está localizado o hospital (antigo Hospital dos Ferroviários), abrindo espaço para a ampliação dos investimentos. Naquele mesmo ano, foram entregues no hospital 42 leitos de enfermaria, um centro cirúrgico com cinco salas e um ambulatório especializado em mãos.

Estado que mais investe em saúde

“O Espírito Santo é o que mais investe em saúde pública no Brasil. Investimos, em 2017, 18,75% da receita corrente líquida do Estado. O Fundo Estadual de Saúde, que financia a saúde, fechou o ano com 76% de recursos estaduais e somente 24% de recursos federais”, contextualizou o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Oliveira.

Os leitos de UTI vão aumentar em muito a resolutividade do centro de ortopedia do Hospital Estadual de Vila Velha e a capacidade do serviço de receber pacientes com traumas mais graves e perfis mais complexos, uma vez que o hospital passará a ter retaguarda para os pré e pós-operatórios.

“É uma alegria poder apresentar o hospital. O Centro de Materiais Esterilizados vai dar mais agilidade ao serviço de esterilização dos instrumentais usados aqui nos procedimentos, serviço que hoje é terceirizado e realizado fora do hospital. Já a UTI vai possibilitar que a unidade faça cirurgias de alta complexidade, e a Agência Transfusional vem para dar suporte a esse novo aparato”, comentou o subsecretário de Estado de Assistência em Saúde, Fabiano Marily.

Saiba mais sobre Dr. Nilton de Barros

Nasceu em Mimoso do Sul (ES), no dia 28 de agosto de 1905, filho de Augusto Vieira de Barros (farmacêutico) e Hyzeclyades Teixeira de Barros (educadora e pianista).

Poucos anos depois, sua família mudou-se para a cidade de Alegre com os sete filhos. Lá, o Dr. Nilton iniciou seus estudos na Escola Primária de Dona Aurora, tendo sido matriculado no conceituado Colégio Marista São José, na cidade do Rio de Janeiro aos 11 anos de idade, em regime de internato.

Concluindo os estudos secundários, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil (atual UFRJ), tendo se formado médico em 1928. No mesmo período, frequentou e concluiu o curso superior de Farmácia na mesma Universidade.

Retornou ao Espírito Santo em 1929, onde se candidatou ao concorrido concurso para provimento da cadeira de Sociologia do Gymnásio do Espírito Santo.

Foi aprovado com distinção nos exames teóricos e práticos. O tema sorteado pela Congregação e então desenvolvido e defendido pelo Dr. Nilton - "O Valor da Tradição como Força conservador e os Limites de sua Eficácia" e "Apreciação Sociólogica da Idéia do Direito" - tornou-se a 1ª Tese de Sociologia escrita no Estado do Espírito Santo, segundo o professor de Sociologia Dr. Aníbal Athaide Lima. Com a Revolução de 1930, Getúlio Vargas assumiu a Presidência da República nomeando o General Púnaro Bley para interventor no Estado do Espírito Santo. Não concordando com a situação então vigente no país, Dr. Nilton assumiu posicionamento político contrário ao regime dominante e, por ter assumido essa atitude, foi demitido do cargo de Magistério. Junto aos irmãos, fundou na cidade de Alegre o jornal A Cruzada, de oposição ao governo.

Sempre coerente com seus ideais de democracia, manteve dura oposição ao regime de exceção de Vargas (1930-1945).

Casou-se em 1941 com Maria José Soares de Barros, tendo com ela 10 filhos.

Em 1945 formou-se em Direito pela Faculdade Clóvis Bevilacqua de Campos (RJ).

Exerceu o mandato de Deputado Estadual na 1ª Assembleia Constituinte do Estado do Espírito Santo, tendo sido o Líder da Bancada Oposicionista.

Distingue-se pelas suas qualidades de grande tribuno e intelectual, sempre em favor da sociedade.

Exerceu também a presidência do IAPFESP - Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Ferroviários do Serviço Público.

Em 1955, mudou-se com a família de Vitpória para Vila Velha. No período de 1955 a 1961 exerceu o cargo de Reitor da Universidade Federal do Espírito Santo.

A partir de 1964 exerceu os cargos de médico do Inamps e da Prefeitura Municipal de Vila Velha.

Exerceu também intensa atividade político-partidária ao longo de sua vida.

O traço mais marcante de sua vida foi a prática incansável da medicina assistencial voltada para o atendimento dos carentes e desfavorecidos.

Faleceu em Vila Velha no dia 31 de janeiro de 1977.

FOTO: Leonardo Duarte / Secom-ES

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)

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