24/01/2018 11h12

Sesa discute Plano de Regulação das Redes de Atenção à Saúde

Reorganizar a estrutura de atendimento na saúde do Estado. Esse foi o tema da reunião técnica para tratar do Plano Estadual de Regulação das Redes de Atenção à Saúde, com médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos entre outros profissionais, que começou na segunda-feira (22), e terminou ontem, no auditório da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na Enseada do Suá, em Vitória.

Um dos objetivos do encontro foi mostrar que a regulação assistencial nas redes de atendimento em saúde visa garantir a atenção ideal com lugar, tempo, custo e qualidade certos.

A palestrante do evento foi a médica e consultora em gestão de saúde, Maria Emi Shimazaki, que é do Paraná, e levou aos profissionais um pouco das experiências na reorganização da Atenção Básica naquele estado.

Maria Emi destacou que para haver uma mudança no atendimento da saúde é preciso realizar uma transição do atual modelo de gestão, que é baseado na oferta de serviços de saúde, para uma gestão de base populacional, ou seja, a organização do sistema de saúde a partir da necessidade em saúde da população.

Ela destacou que o fortalecimento da atenção primária é um desafio não apenas para o Espírito Santo, mas para todos os estados e municípios brasileiros, e não apenas no setor público, ressaltando que o setor privado também já percebe a necessidade de se ter mudanças na atenção primária.

“A atenção primária é tão importante que não basta só que ela seja prioridade para o gestor municipal. Ela também deve ser prioridade para o gestor estadual e para o gestor federal. Tudo começa com a população. A nossa razão de existir enquanto sistema de saúde é atender a demanda da população. Quanto mais conhecermos essas necessidades será melhor”, disse.

A explanação de Maria Emi apontou que muitos dos problemas na saúde pública podem ser evitados a partir do momento em que há mudanças na atenção primária.

“A população precisa aprender a se autocuidar e é desafio da atenção primária apoiar isso. Alimentar-se melhor, fazer atividade física regular, diminuir o estresse, abandonar o tabagismo. Só o medicamento não vai resolver o problema da hipertensão ou diabetes. A medicação é sempre complementar. Esse é o maior desafio, pois mudar hábito de vida não é tarefa fácil, mas é preciso que população e as equipes da atenção primária caminhem juntas.”

Sobre a reorganização na estrutura da saúde, a subsecretária de Estado da Saúde para assuntos de Regulação e Organização da Atenção à Saúde, Joanna Barros de Jaegher, ressaltou que o Estado oferece muitos serviços, no entanto, é importante criar meios para realizar uma regulação adequada visando oferecer um atendimento de qualidade.
Joanna ainda destacou que quando se fala em reorganizar o sistema, isso também irá refletir na redução do número de judicializações.

“Precisamos olhar o sistema e a atenção primária não pode ser esquecida. A proposta da Rede Cuidar é uma forma de reorganizar o sistema, e estamos avançando muito com a Rede Cuidar. Temos uma oferta enorme de serviços mas que não estão organizados. A organização regulatória é fácil de ser alcançada quando todos têm o mesmo objetivo e o mesmo direcionamento.”

FOTO: Divulgação / Sesa

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)

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