01/03/2018 08h02 - Atualizado em 01/03/2018 09h32

Hemoes explica a captação de plaquetas e pede mais doações

O concentrado de plaquetas é um dos componentes do sangue mais utilizados para transfusão no dia a dia dos 51 hospitais atendidos pelo Hemocentro do Espírito Santo (Hemoes). A manutenção do estoque deste hemocomponente, no entanto, é um grande desafio, pois a vida útil da plaqueta após coletada é de cinco dias, enquanto o concentrado de hemácias dura de 30 a 35 dias e o crioprecipitado e o plasma fresco congelado chegam a durar um ano.

]Segundo a diretora do Hemoes, Rachel Lacourt Costa, as plaquetas desempenham um importante papel na coagulação sanguínea. Ela, que é médica hematologista, explica que quando há queda acentuada do número de plaquetas no sangue, ou quando esse hemocomponente não funciona adequadamente, há risco de sangramentos incontroláveis, sendo necessária a transfusão de concentrado de plaquetas. Situações assim são frequentes, por exemplo, em pacientes com leucemia, dengue grave e pessoas submetidas a cirurgia cardíaca.

De acordo com Rachel, o concentrado de plaquetas pode ser obtido por meio da coleta de sangue total ou por aférese. Após a coleta do sangue total, o sangue passa por um processo de centrifugação e é separado em diversos hemocomponentes, sendo um deles o concentrado de plaquetas. Já na coleta de plaquetas por aférese, o sangue retirado do doador passa por uma máquina que extrai seletivamente as plaquetas e devolve os demais componentes ao doador.

“Por meio da coleta de sangue total, de cada doação de sangue é retirada uma unidade de plaquetas. Já o método de aférese permite coletar oito unidades de plaquetas de um único doador. Se considerarmos que para cada 10 kg de peso corporal é necessária uma unidade de concentrado plaquetas, o número de doadores por aférese que precisaremos para ajudar um paciente de 70 kg, por exemplo, é bem menor do que o número de doadores de sangue total”, complementou a diretora técnica do Hemoes.

Rachel Costa esclarece que as plaquetas colhidas por aférese oferecem menor chance de reação porque o paciente que precisa da transfusão consegue receber uma quantidade maior desse hemocomponente proveniente de um único doador. Outro benefício da aférese é que o doador pode ser submetido ao procedimento quatro vezes por mês, respeitando o limite de 24 doações ao ano, enquanto o doador de sangue total pode doar no máximo quatro vezes por ano, se for homem, e três vezes se for mulher.

Quem pode doar

A doação por aférese é feita na unidade do Hemoes de Vitória. Todo doador deve apresentar um documento original com foto. Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, sendo que a primeira doação deve ter sido feita obrigatoriamente até os 60 anos. Menores de 18 anos só podem doar com a autorização dos responsáveis legais.

Para fazer a doação por aférese, o voluntário precisa ter feito doação de sangue total pelo menos uma vez no hemocentro estadual. Normalmente, a equipe do Hemoes pergunta aos voluntários que doam sangue se eles querem se candidatar à doação por aférese. Se a resposta for sim, é feita a avaliação para verificar se a pessoa tem um acesso venoso adequado para esse tipo de coleta.

Segundo a diretora técnica do Hemoes, Rachel Costa, o tempo gasto pelo voluntário na doação da bolsa de sangue total é de aproximadamente 1h20, sendo cerca de 15 minutos de coleta e o restante no atendimento prévio. Já a doação por aférese leva em torno de 2h30, sendo que o doador fica entre 70 e 90 minutos na coleta, por isso esse tipo de doação costuma ser agendada.

- Atualize o cadastro

hemoes.aferese@saude.es.gov.br

(27) 3636-7902

- Onde doar

:: Hemocentro do Estado do Espírito Santo (Hemoes). Tels: 3636-7900/7920/7921
:: Avenida Marechal Campos, nº 1.468, Maruípe, Vitória.
:: Funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 19h, com cadastramento do doador
até as 18h20; e sábado, das 7h às 18h, com cadastro até as 17h20.

FOTO: Divulgação / Sesa

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