26/02/2018 08h04 - Atualizado em 26/02/2018 09h11

Governo do Estado realiza Planejamento Estratégico 2018

“Estamos cuidando de um outro futuro para as terras capixabas. Produzindo bons exemplos, boas referências para o país”, disse na última sexta-feira (23), em Vitória, o governador Paulo Hartung, no primeiro dia de atividades do quarto Seminário de Planejamento Estratégico do Governo. No encontro técnico, que teve continuidade no sábado (24), foram atualizadas metas e alinhadas prioridades da administração estadual, com o olhar voltado para 2018.

Aproximadamente 300 pessoas, entre governador, vice-governador, secretários, subsecretários, dirigentes de órgãos e técnicos da administração estadual, participaram do seminário, que envolveu a realização de palestras, debates e atividades com grupos correspondendo às principais áreas de atuação do Governo.

Diferenciado

O governador Paulo Hartung ressaltou o fato de o Governo do Estado ter começado o ano de 2018 de forma diferenciada, em relação aos demais Estados do país.

Ele lembrou que mesmo em meio a uma crise política e econômica de enorme magnitude, de âmbito nacional, o Espírito Santo vem inovando em políticas sociais.

Hartung citou os projetos Escola Viva, que oferece ensino integral e tem pedagogia inovadora, e o Pacto pela Aprendizagem - ambos voltados para a melhoria da qualidade da Educação pública estadual. Citou ainda o Ocupação Social, com foco nos jovens em risco social de comunidades da Grande Vitória e do interior; e o Rede Cuidar, que leva consultas e exames especializados a cidadãos do interior do Estado.

Para o governador, o trabalho desenvolvido pela atual gestão de governo está “produzindo exemplos e boas referências” para o país. O Governo, que cuida das contas e das pessoas, segundo Paulo Hartung, está também “colocando nosso Estado no mapa” e “cuidando de um outro futuro para as terras capixabas”.

O secretário de Estado de Economia e Planejamento, Regis Mattos Teixeira, também destacou a travessia exitosa do atual governo, que foi capaz de conduzir o Estado numa forte crise avançando em muitas frentes importantes.

Regis Mattos lembrou que, em 2015, a atual gestão traçou um planejamento estratégico para os quatro anos de Governo. “Estabelecemos estratégias, objetivos e metas a serem alcançadas pelo Governo nesse período. Agora, no quarto ano de gestão, fazemos o Planejamento Estratégico olhando para 2018.
Ele ressaltou o fato de, diante de recursos limitados, ser preciso priorizar os projetos mais significativos, estimando valores necessários para cada uma das ações. “É pensando nisso que o governo trabalha com o Planejamento Estratégico, buscando estabelecer prioridades que trarão os melhores retornos para a sociedade capixaba”, argumentou o secretário.

Palestras

Durante o primeiro dia dos seminários, o publicitário Renato Meirelles, presidente do Instituto de Pesquisa Locomotiva, escritor e professor Ibmec, e o cientista político, doutor pela PUC-SP e professor do Insper, Carlos Melo, falaram, respectivamente, sobre “Expectativas dos brasileiros quanto aos rumos do país” e “O cenário político e seus desafios para governar em 2018”.

Meirelles, que já conduziu centenas de estudos sobre o comportamento do consumidor brasileiro, ressaltou para os gestores a importância de “por trás dos números, das estatísticas, das planilhas, serem enxergadas pessoas”.

O publicitário citou vários dados que definem um perfil do brasileiro. Entre esses dados, os que mostram que metade das famílias brasileiras têm renda de até R$ 2,3 mil; e de que só 5% ganham mais do que R$ 10 mil.

Ele explicou que, desde o Plano Real, houve uma “montanha russa” das classes econômicas no país. A classe C chegou a 54% da população, e a classe A/B a 24%. Mas, curiosamente, dessa parcela mais rica (A/B), dois terços não cursaram faculdade, 73% estudaram em escola pública e apenas um quinto já viajou para fora do país.

“Olhar só para o bolso do cidadão não é suficiente para entender a cabeça dele”, afirmou Meirelles, que com base em pesquisa afirma que nove em cada dez brasileiros acreditam que é preciso haver uma renovação na política brasileira. “Oitenta e dois por cento dos brasileiros estão insatisfeitos com o Brasil”, afirmou.

Crises

Em sua palestra, o cientista político Carlos Melo citou aspectos que podem explicar e até reforçar essa insatisfação. Ele apontou o que definiu como crises tradicionais do país. Entre elas, o modelo econômico, que na sua opinião precisa ter uma agenda de produtividade, de infraestrutura, de logística e Educação, e não apenas de juros e câmbio fiscal; e a relação do Executivo com o Legislativo, que não pode ser fisiológica. Citou ainda a crise da liderança política.

Para Melo, o “salto” que o país necessita não virá enquanto o problema político não for resolvido. “A economia brasileira entrou numa fase de recuperação, mas a consolidação do crescimento ainda vai demorar. E é apolítica que está amarrando”, diz ele, afirmando: “Há um enorme vazio na política nacional, e há espaço para um outsider. Mas é preciso que seja alguém confiável”.

O quarto seminário de Planejamento Estratégico do Governo terminou no sábado (24), quando foram desenvolvidas mais atividades com as equipes de gestores, ligadas à comunicação do Governo com a sociedade.

FOTO: Leonardo Duarte / Secom-ES

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)

2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard