14/03/2018 08h03 - Atualizado em 14/03/2018 15h28

Aos 83 anos, seu Garibalde não abre mão do Diário Oficial

Em maio, o Diário Oficial do ES irá completar 128 anos de história. Ao longo desse período o Diário já foi editado por tipos móveis, fotolito, impressora digital e hoje já está até no WhatsApp. Mas nada disso importa para o Sr. Garibalde João Serra. Aos 83 anos, o Sargento Serrinha, policial militar aposentado, gosta mesmo é de ler o Diário Oficial no papel. É por isso que ele vem religiosamente todos os dias à sede do Departamento de Imprensa Oficial do Espírito Santo (DIO/ES), em Vitória.

"Eu leio o Diário Oficial desde os 17 anos, quando ingressei na Polícia Militar. Para mim o Diário Oficial é o raio-x do Estado. É onde saem todas as informações importantes", destacou.

Quando questionado sobre o fim das impressões do Diário Oficial, Serrinha demonstra que possui mesmo uma memória invejável. “Desde 31 de julho de 2017, quando circulou a última edição (a data está corretíssima), eu sigo com a minha rotina de vir pessoalmente ao Diário, pois aqui ainda tem uma edição para consulta presencial. Eu acho a tecnologia ótima, mas eu gosto mesmo é do contato com as pessoas, conheço todo mundo dos locais que costumo ir”, conta o leitor mais assíduo do Diário Oficial.

Aposentado desde abril de 1981, Sargento Serrinha não para. Na época ele morava em Cachoeiro de Itapemirim e logo voltou à ativa como inspetor de segurança em uma empresa de vigilância. Depois foi ajudar a igreja, vendeu adubo e há nove anos faz parte da diretoria de uma associação que reúne militares aposentados do ES. Ele também é assessor especial da diretoria jurídica da Aspomires.

“Hoje eu ajudo meus colegas militares com informações publicadas no Diário Oficial sobre aposentadorias, licenças... sei sempre a data de tudo. Na polícia sou considerado legendário”, disse orgulhoso.

Casado, pai de um casal de filhos, Serrinha é torcedor do Botafogo e do Estrela de Cachoeiro de Itapemirim. E quando questionado sobre o futuro, ele quer mesmo é continuar na ativa. “Idade é coisa da cabeça da pessoa. Tem muita gente de 25 com cabeça de 50. Eu quero é continuar fazendo as minhas coisas, ajudando meus colegas. Se minha mulher deixar, daqui a uns três anos vou ser candidato à associação novamente”.

FOTO: Divulgação / DIO

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